Segundo levantamento da Deloitte, 70% das companhias vão investir em IA ainda este ano, e 20% já utilizam a tecnologia no cotidiano. CEO da BigDataCorp, líder em coleta de dados e IA na América Latina, explica os motivos.
A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa distante e se torna uma realidade cada vez mais presente no mundo dos negócios. Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte em 2022, com 501 empresas brasileiras mostra que 70% delas vão investir em IA ainda este ano, e que 20% já utilizam a tecnologia no cotidiano. A pesquisa também revela que as empresas que já utilizam a IA têm um desempenho superior às que não utilizam, tanto em termos de crescimento quanto de lucratividade.
A pesquisa também aponta que as principais aplicações de IA no Brasil são voltadas para a análise de dados, a automação de processos e a interação com clientes. Entre os setores que mais investem em IA estão o financeiro, o de telecomunicações, o de energia e o de saúde. No entanto, há ainda um grande potencial para explorar outras áreas, como a educação, a agricultura e a segurança pública.
Para Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp, maior datatech e IA da América Latina, ela é uma tecnologia como qualquer outra, que tem milhares de aplicações diferentes. Sua principal aplicação é a automação de processos, que no geral aumenta a produtividade e reduz custos.. “A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa. A melhor analogia que podemos trazer sobre o que de fato é uma IA é uma planilha de Excel quando todo mundo só trabalha com calculadora de mesa.”, afirma. “Desde a fundação da empresa, em 2013, trabalhamos com IA na automação de processos para viabilizar a captura e tratamento de dados da forma massiva como fazemos” complementa.
Já existe um arcabouço regulatório para inteligência artificial, que foi estabelecido pela União Europeia no primeiro semestre de 2023. Assim como aconteceu com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a tendência é que a nossa legislação siga na mesma direção. “A regulamentação é importante para tentar cercear os potenciais abusos dessa tecnologia. É fundamental também uma reavaliação de questões de propriedade intelectual e direito de imagem, que são dois outros campos significativamente impactados” comenta.
Ainda para o especialista há uma necessidade de estabelecer princípios e diretrizes para o uso responsável e transparente da IA respeitando os direitos humanos, a privacidade e a segurança dos dados. “Nesse sentido, é importante promover o diálogo e a cooperação entre os diversos atores envolvidos na IA, como governo, academia, indústria e sociedade civil, “comenta.