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Não é questão de sorte: investir em resolução de conflitos é essencial

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À medida que as organizações buscam o sucesso e a excelência, muitas vezes, elas se deparam com a necessidade de manter suas equipes em sintonia para atingir objetivos e metas. Quando vemos colaboradores  alinhados aos mesmos valores de crescimento, é completamente normal imaginar que eles  nunca tiveram brigas ou discussões, como se fosse até uma questão de sorte da empresa que os contratou. No entanto, o segredo ninguém conta é que o equilíbrio nas relações vem, essencialmente, de um investimento consciente na resolução de conflitos e no bem-estar de cada um.

Um estudo da consultoria americana McKinsey revelou que o trabalhador brasileiro figura entre os mais desmotivados do mundo, o que já indica uma necessidade de interferência urgente da Gestão de Pessoas. Entretanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela corretora de saúde Pipo, em 2023, enquanto 75% dos profissionais de Recursos Humanos acham importante cuidar da saúde mental dos colaboradores, 41% deles não oferecem nenhum benefício de bem-estar para suas equipes.

Sendo assim, não podemos deixar de descartar a mentoria profissional individual e coletiva como uma iniciativa para que o RH resolva conflitos e identifiquem riscos à saúde mental dos colaboradores com maior eficácia. Além disso, as consultas de psicologia também são ideais para que, cada vez mais, a equipe associe o seu trabalho a um espaço potente para suportar crises intra ou interpessoais.

A Myers-Briggs Company, por exemplo, revelou que gerentes passam, em média, mais de quatro horas por semana apenas lidando com conflitos internos em suas empresas. Portanto, a terceirização do processo de resolução de conflitos por meio de profissionais capacitados e especializados na saúde mental dos colaboradores pode incentivar a liderança a economizar um tempo valioso para o funcionamento da corporação, que além de mais produtiva, agora terá uma equipe alinhada e com um ritmo de trabalho completamente saudável.

E, muito além de sintonizar os objetivos das equipes, mentorias e consultas psicólogas internas agregam valor e autenticidade às corporações no que diz respeito à busca de novos talentos. Apesar de ser um comportamento sutil, inúmeras empresas ainda ignoram o fato de que candidatos em potencial procuram empregos que sejam receptivos a novas opiniões ao mesmo tempo em que saibam apaziguar possíveis combates de egos, por exemplo. Segundo uma pesquisa da FIA Employee Experience, entre os 100 melhores lugares para se trabalhar, 55% oferecem algum tipo de suporte emocional e profissional para colaboradores, que vão desde estagiários até líderes seniores.

Ter uma equipe alinhada e bem-sucedida, afinal, não é uma questão de sorte, e sim de habilidade em gerenciar pessoas, investir no desenvolvimento delas e ouvir atentamente o que os colaboradores têm a dizer sobre suas expectativas, seus colegas e suas projeções no ambiente de trabalho. E, se o suporte emocional é o caminho certo para o sucesso duradouro, então, podemos concordar que talvez seja a hora de as empresas deixarem de contar com a sorte para adotar uma abordagem cada vez mais exigida por talentos que sabem, exatamente, do quanto merecem estar em um ambiente saudável.

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